sábado, 17 de setembro de 2011

Rsenha: Razão e Sensibilidade - Jane Austen

"Na Inglaterra, no século XIX, as irmãs Dashwood ficam desamparadas com a morte do pai, que deixara suas propriedades em Norland ao filho do primeiro casamento. Mudam-se para um chalé em Devonshire, oferecido por um primo da viúva. A autora não faz concessões à sociedade da época, traçando um painel mordaz de tipos interesseiros, cujo objetivo de vida consiste em obter meios de enriquecer e projetar-se socialmente, seja herdando fortunas, seja casando-se por conveniência."

Como todos os livros de Jane Austen este não se diferencia dos outros, contendo como sempre uma forte crítica social, aos costumes e pessoas da época. 
E como sempre me apaixonei mais ainda por Jane Austen, e seus romances. Ao se mudarem para o Chalé em Devonshire a família Dashwood fazem muitos amigos, mas tendem a se acostumar com um modo de vida mais honesto devido a renda anual da família que não é lá tao boa após a morte do pai. Elinor, Marianne e Margaret passam a frequentar mais a a casa de seu vizinho, um primo da mãe que é muito educado e gentil com toda a família. Apesar da diferente pequena de idade as duas são muito diferentes. Marianne é a irmã sonhadora e apaixonada que demonstra seus sentimentos de forma verdadeira e ampla, é emoção pura, a sensibilidade em forma humana. 
Elinor, a mais velha é a mais centrada, a mais cuidadosa em guardar seus sentimentos e esconde-los ao resto do mundo, se deixa levar pela razão e não pelo coração, que pensa antes de falar e agir. 
Marianne e Elinor precisam enfrentar amores inesperados, fofocas e traições, mas é ai que descobrem que devem equilibrar seus sentimentos, não ser sempre racional ou sempre sensível e sim ambas as coisas equilibradas para conviverem em harmonia, que é necessário amadurecer. Em meio a tantas tramas elas ganham amigos fieis e preciosos e descobrem que o amor pode ser bom, mas que também pode levar a pessoa a se consumir e se autodestruir.
Me apaixonei por Edward e o Coronel Brandon, achei que os dois possuíam um temperamento bem parecidos, e ambos pessoas de bom coração e carismáticos apesar do peso da timidez de um e a reserva do outro. 
A necessidade da época em que as jovens devem se casar jovens e o peso que o dinheiro traz e suas consequências, as armações por um casamento, algumas famílias esnobes, tudo isso podemos encontrar neste livro que eu achei conter uma crítica maior à sociedade do que ate mesmo Orgulho e Preconceito. Ainda mais ao nos depararmos com a família de Edward, cuja irmã é casada com o irmão das senhoritas Dashwoods, e a superioridade demonstrada pela senhora sua mãe, a arrogância e falta de educação foram gritantes, principalmente com a jovem Elinor que era apaixonada por Edward. 

Achei o final surpreendente, pois nos últimos capítulos reviravoltas acontecem e a gente não espera o que pode acontecer. A sensibilidade com que Jane descreve os autores nos faz sentir os seus temores e suas alegrias, os torna reais em nossa mente e corações. Por isso Jane Austen é uma das minhas autoras preferidas por essa capacidade de me levar a sentir a história.

Nota: 5/5

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